terça-feira, 31 de agosto de 2010

Longevidade


De que adianta querer viver muito
Se temos medo de envelhecer

Baltazar Honório

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

No Ódio ( Eu to fazendo o que o sistema quer)

Pow pow o miolo voou, o boy caiu
Os gambé vieram a mil farejando o sangue do tio
Que piada a blindagem, cerca elétrica
Se liga da seqüela, puta rica viúva histérica
Eu não sou fictício, sou monstro agressivo
Que ta no noticiário fazendo refém sangrar pelo ouvido
Cai na armadilha, fiz pacto com o capeta
Trocaram minha caneta, pela escopeta
Me colocaram num opala debaixo da chuva de bala
A cento e oitenta dando fuga da agencia bancária
Me ensinaram que conforto, só com o doutor morto
Com a sete meia cinco no pescoço
Por isso eu toco o interfone o zelador abre o portão
Disfarçado de carteiro caio pra dentro com a Uzi na mão
O boy cuzão que só ve morte pela Sky no sofá
Não foi pra europa agora assiste meu desejo de matar
Agiliza os dólares, os diamantes
Se não arranco teu coração, te afogo no rio de sangue
Quis ser advogado mais perdi pra rua
Vim cobrar com juros meu sonho de formatura
Ódio lapidado pelo pai, um bêbado porco
Que batia na minha mãe porque não podia comprar o almoço
Fez de mim o lúcifer, que o sistema quer
Que pela pedra deixa teu corpo pra perícia do gambé

Eu to fazendo o que o sistema quer

Pra mim não tem Cherokee nem iate
Nem restaurante cinco estrelas nem Audi
Eu sou como lixo tomo tiro de investigador
Enquanto o boy tem clube de campo
Conta no exterior
Então fudeu doutor, vou buscar a igualdade
De PT com adaptador de trinta na crueldade
Não quero ser igual o tiozinho do bairro
Que trampa quarenta anos pra passar fome aposentado
Nem igual minha mãe doente sem médico
Pedindo esmola com a receita pra comprar o remédio
Cuzão que come caviar e lagosta
Não sabe o que é viver um minuto nessa porra
Pega o dono da mansão e poe no barraco
Quando o filho dele chorar, sem ter nada no prato
Não vou pra rua implorar de mão estendida
Vai catar a BMW da burguesa vadia
Vai subir corrente se pa até os dentes
Vai ter festa no necrotério o legista contente
Seu chip no peito não vai me segurar
Vou deixar seus pedaços pro satélite rastrear
Se não blindar o coração não tem cooper na praça
Se não por armadura não tem surfe na praia
Quando for pro teatro ver shakespeare com sua mulher
Pa pa na cabeça como o sistema quer

Eu to fazendo o que o sistema quer

Sou outro brasileiro favelado sem sorte
Que vai morrer roubando o carro forte
Que vai estar agonizando no chão do Itaú
Vendo a risada do boy porco de olho azul
Uma chance em um milhão de vencer como bandido
100% de chance de mofar num presídio
História real, da família da periferia
Vem conferir quantos tem passagem na polícia
Ver quantas mães tem santinho guardado
Filho que por um real foi executado
Espantoso surpresa pra ter tudo na mesa
Fartura no armário é dono de empresa
Me diz se não parece filme do seu dvd
O ladrão encapuzado invadindo o DP
O delegado metralhado no meio da rua
O caixa eletrônico na caçamba da perua
Na real é ódio, faca no coração
A busca a qualquer preço da ascensão
Preferia estar na escola na biblioteca
Ta no shopping comprando pra minha filha uma boneca
Ter cartão de crédito, cheque cinco estrela
Não ta matando alguém pra por o leite na geladeira
Mas infelizmente o que o sistema quer
"Sou eu num Corsa arrastando um muleque pelo pé"

Eu to fazendo o que o sistema quer

Facção Central

PS:Esta postagem representa o ódio que tem como alicerce a poesia Brasil com P do GOG abaixo!

Brasil com P


Pesquisa publicada prova
Preferencialmente preto
Pobre prostituta pra polícia prender
Pare pense por quê?
Prossigo
Pelas periferias praticam perversidades parceiros
Pm's
Pelos palanques políticos prometem prometem
Pura palhaçada
Proveito próprio
Praias programas piscinas palmas
Pra periferia
Pânico pólvora pa pa pa
Primeira página
Preço pago
Pescoço peitos pulmões perfurados
Parece pouco
Pedro Paulo
Profissão pedreiro
Passatempo predileto, pandeiro
Pandeiro parceiro
Preso portando pó passou pelos piores pesadelos
Presídio porões problemas pessoais
Psicológicos perdeu parceiros passado presente
Pais parentes principais pertences
Pc
Político privilegiado preso
parecia piada (3x)
Pagou propina pro plantão policial
Passou pelo porta principal
Posso parecer psicopata
Pivô pra perseguição
Prevejo populares portando pistolas
Pronunciando palavrões
Promotores públicos pedindo prisões
Pecado!
Pena prisão perpétua
Palavras pronunciadas
Pelo poeta Periferia
Pelo presente pronunciamento pedimos punição para peixes pequenos poderosos
pesos pesados
Pedimos principalmente paixão pela pátria prostituída pelos portugueses
Prevenimos!
Posição parcial poderá provocar
protesto paralisações piquetes
pressão popular
Preocupados?
Promovemos passeatas pacificas
Palestra panfletamos
Passamos perseguições
Perigos por praças palcos
Protestávamos por que privatizaram portos pedágios
Proibido!
Policiais petulantes pressionavam
Pancadas pauladas pontapés
Pangarés pisoteando postulavam premios
Pura pilantragem !
Padres pastores promoveram procissões pedindo piedade paciência Pra população
Parábolas profecias prometiam pétalas paraíso
Predominou o predador
Paramos pensamos profundamente
Por que pobre pesa plástico papel papelão pelo pingado pela passagem pelo pão?
Por que proliferam pragas pelo pais?
Por que presidente por que?
Predominou o predador
Por que? (3x)

GOG

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Flor Megera II

...hoje não mais escracho.
Já os Belos Cachos,
Me oferece o tempo
Em meio a seus abraços!

Baltazar Honório