sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ritos e Passagens**

Santos velas força energia
Cantos pro bailar
Na atmosférica pressão que guia
Prá quem busca invocar

Baltazar Honório

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Vamacordá vamacordá**

Pobre marginal, é vagabundo
Tem que morrer
Rico marginal, é deputado
Rouba você
Com a caneta cara mata você
Assina aqui, um presídio ali
E o povo na urna...Alkimin
Acha que rico vota prá pobre?
Quantos muleques tem na biqueira
E quantos estão dentro da escola?
Vê só que pena essa outra cena
O povo que espera que mude a terra
Vota no Serra...E no Alkimin?
Se você quer que mude
Vê se não te ilude
Acorda agora que depois
Já era!

Baltazar Honório

Donde Miras Parte II

É Malandragem...que correria, viu? Mas estamos ai, tinha que voltar e dar continuidae ao que ocorreu na caminhada na minha segunda passagem, e que diga-se de passagem: Que passagem!!!
Desta vez não foi tão fácil chegar, o barato já tava louco desde São Paulo que na noite anterior recebeu uma chuva que Deus mandava e se alagou toda, aí meu Fi! Já era. Eu e minha companheira de viagem Ana Estrella ficamos horas na rodoviária, com a marginal alagada os ônibus não conseguiam alcançar a rodoviária, somente após 5 horas de espera conseguimos embarcar e a descida foi de boa. O local do alojamento nessa parte da caminhada era o Quilombo do Campinho distande por volta de 12 ou 13 km do centro de Parati, trecho que seria feio a pé. Chegamos no final da tarde do dia 22 quinta feira e já logo na estrada encontramos alguns caminhantes indo jogar um bilharzinho nas imediações.
A alegria que me tomava só poderia ser comparada com algum momento qualquer da minha infância e chegar no dia do Sarau encerrando nossa hospedagem no quilombo foi maravilhoso.
Sarau com contação de histórias, palhaços e musica; muita musica tchê! Dois irmãos gauchos de bombacha e tudo tiraram um som mil grau no sarau mais balada que eu já fui na minha vida, e eu? Bebi demais, comi de tudo e dancei sozinho...
No dia seguinte o dia da caminhada até o CIEP que ficaríamos alojados em Parati acabei trocando os pés pelas mãos. Na seca de conhecer Trindade fui com uma galera sem antes saber o horário de saída da caminhada e adivinhem? Isso mesmo. Perdi a caminhada final, mas beleza ainda teria o sarau no centro histórico de Parati no sábado dia 23 o ultimo antes de voltarmos prá São Paulo. Bom, só que não foi assim tão fácil fazer o sarau no centro de Parati. Através de um pré contrato com a secretaria de cultura local, soubemos que no centro histórico aconteceria um evento com palco som iluminação e tudo e nos foi oferecido um um espaço dentro da programação, mas como toda prefeitura é prefeitura nesse nosso Brasilzão a parada acabou não rolando no palco e claro todos os lugares que tentávamos parar para fazer o sarau havia sempre alguma coisa já acontecendo ou então aparecia um segurança dizendo que a gente não poderia fazer a parada ali e pá pá pá, meu que zica! Só que rolou e como sempre foi dá hora, por que acabou rolando em lugares diferentes ao sairmos andando pelas ruas tentando chamar a atenção do público para nossas apresentações. E colou de tudo viu? Gringolândia total. Australiano, indiano, italiano, sueco ou suisso, sei lá e muito mais, que viagem!
O bom foi que deu prá conhecer um pouquinho do que só veria em fotos e pensaria em um lugar sem os problemas que estamos acostumados a viver. As lojas são nos antigos casarões e sua maioria são administrados por estrangeiros, que não te deixa nem parar em frente a porta da loja, Os PFs(pratos feitos)tem preços exorbitantes e uma pá de gente falando Brazil é good! That shit!
Na real, valeu a experiência de viver um big brother sem paredão, onde as pessoas convive pela poesia, pela arte, e pela caminhada independente de suas idéias ou ideais serem divergentes, ganhei amigos e inimigos também, desfiz e reatei laços e viajei de verdade no fato de no meu sonho posso fazer tudo!!
Obrigado Famíglia!
Foi dá hora!!
Baltazar Honório