sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Falsidade**

Tu quando quer... vem, me mente
Quando te dá, vem serpente.

Baltazar Honóorio

sábado, 16 de outubro de 2010

Falcão (Na integra)


Jovem, preto, novo, pequeno.
Falcão fica na laje de plantão no sereno.
Drogas, armas, sem futuro.
Moleque cheio de ódio invisível no escuro, puro.
É fácil vir aqui me mandar matar, difícil é dar uma chance a vida.
Não vai ser a solução mandar blindar.
O menino foi pra vida bandida.

Desentoca, sai da toca, joga à vera.
O choro é de raiva, de menor não espera.
A laje é o posto, imagem do desgosto.
Tarja preta na cara para não mostrar o rosto.
Vai, isqueiro e foguete no punho.
Quem vai passar a limpo a sua vida em rascunho.
Fumo envenenado pra poder passar a hora.
Vive o agora, o futuro ignora.
O amargo do sangue, tá na boca.
Vivendo o dia-a-dia, descobre que sua esperança é pouca.
Moleque vende, garoto compra, pirralho atira, menino tomba.
Mete Bronca, entra no caô pra ganhar.
Joga no ataque, se defende com AK.
Pupila dilatada, dedo amarelo.
Jovem guerrilheiro no seu mundo paralelo.
Bate o martelo acabou de condenar.
Julgamento sem defesa, quem é réu vai chorar, vai babar.
Por que o coração não bate mais.
Agora quer correr a frente, não correr atrás.
Idade de Criança, responsa de adulto.
Mente criminosa enquanto a alma veste o luto, puto.
Por dentro, faz o movimento.
Raciocínio lento e o extinto sempre atento.
Não perde tempo, vem fácil, morre cedo.
Descontrolado , intitulado a voz do medo.
Vitima do gueto, universo preto.
Vida é o preço e pela vida largo o dedo.

Jovem, preto, novo, pequeno.
Falcão fica na laje de plantão no sereno.
Drogas, armas, sem futuro.
Moleque cheio de ódio invisível no escuro, puro.
É fácil vir aqui me mandar matar, difícil é dar uma chance a vida.
Não vai ser a solução mandar blindar.
O menino foi pra vida bandida.

Falcão não dorme, olho aberto.
Guerreado com errado e fechado com quem ele acha que é o certo.
Boladão, menor revoltado, apanha calado, pra não cair como safado.
Cabelo Dourado, pele queimada que se acha BamBamBam.
Quando tá de frente pro bicho, até se caga.
Junte mágoa, arma, ambição.
Guerreiro juvenil é o resultado da combinação.
Irmão de quem? Filho de ninguém.
Medo do além, olha o sacode bem, bem.
Dito e feito, grudado no asfalto tá o respeito.
O vagabundo engole seco, pra não dar dois papos.
Tu tá ligado e eu também.
Vagabundo é mais ou menos não diz amém.
Nem poder paralelo, nem poder constituído.
Pobre reunido é quadrilha de bandido.
Sim, faz sentido o ambiente marginal.
As cores da sua roupa equivalem a um funeral.
Sujou, lombou, sangue ferve.
Quem faz a segurança do asfalto, ele chama de verme.
Paquiderme a doença tá na pele.
O olho avermelhado anuncia que ele tá na febre.
Parafal no último modelo.
O sonho de criança cresceu e virou pesadelo.
Sem meio termo, dormindo com o inimigo.
Escravo do perigo, traição de camarada.
Fez feio no desenrolado, rachou a cara.
Menos um no caminho, um a mais na patrulha da cidade.
Universidade, excesso de vontade.
Neurótico, flexível quando tem que ser.
O que vale é o proceder.Sem caozada pra não ficar fudido.
De menor, 15 anos, ferramentas e o olhar de bandido.

Jovem, preto, novo, pequeno.
Falcão fica na laje de plantão no sereno.
Drogas, armas, sem futuro.
Moleque cheio de ódio invisível no escuro puro.
É fácil vir aqui me mandar matar, difícil é dar uma chance a vida.
Não vai ser a solução mandar blindar.
O menino foi pra vida bandida.

MV Bill

Como

Eu sei que a minha vida anda errada
E já deixei mil furos mil mancadas
Talvêz eu esteja andando em linhas tortas
Mas por enquanto eu vou te amando
É o que me importa
Mas você também não é
Rota principal
E toda estrada tem um final
O que eu quero saber é

Como eu vou deixar você
Se eu te amo

Paulo Diniz

"Pra quem acha que esqueci de quem amo!"

Momento Funk (que ninguém é de ferro)

" Chega dar tristeza
Quando acaba o baile
As minas sai saindo
E deixa os manos na saudade."

Baltazar Honório

A Fuga*

Vazou lá do Vidigal com tudo
Levando o que tinha prá cair
O tempo da fuga é um segundo
E não te permite distrair

Invadiu outra vez
O bando do mal
É a quarta ou a quinta vez
Desde o Natal
Alemão na maldade
É forjado a ferro e fogo
Mas antes de sair
Quero salvar meu morro

Vazou lá do Vidigal com tudo
Levando o que tinha prá cair
O tempo da fuga é um segundo
E não te permite distrair

Baltazar Honório                *

Novo Velho Novo*

Eu não tô nem pá pro contexto de amar nessa vida
O lance o romance ao alcance já é página lida
O sonho almejado é apenas o inicio de um novo sonhar
Prá na efemeridade da vida que tenta buscar

E vai mudar

Novos gostos
Novas taras
Outros cheiros
Novas datas
Muitos sonhos
Mesma praça
Ter um plano
Nossa casa

"Amamos sempre... E todos os amores
De uma forma diferente."

Baltazar Honório

sábado, 9 de outubro de 2010

Pobreza

Nada mais pobre do que achar que o pobre
Não merece o mesmo luxo que
Você.

Baltazar Honório

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Do Sangue**

Quando vi a luz
Passei pelo buraco como um rato
Quando olhei prá ver de onde vinha
Na placa lia-se
DNA Ditinha.

Baltazar Honório

Poeteiro**

Poetei tanto

Que grudei as palavras

No caderno.



Baltazar Honório

Saudade...**

Sei que o som gostoso do dia
Num amanhecer na quebrada
Deve estar um pouco triste
Com o sol um tanto apagado
Mas logo terei a alegria
Que será acordar do seu lado.

Baltazar Honório